Deixa o céu cair
Já estão adobadas as asas
Aguardamos a eterna extensão
E desejamos rastejar pelo chão como imorais imortais
Faz muito que partimos ao encontro do nada
O mundo já é uma nação
Agora proclamamos a razão
Somos as maquinas programadas do tempo
As identidades esmagadas
O batalhão da corrosão
A instituição da guerra
Catalogamos as paisagens artificiais
Na realidade virtual nascida dos astros
Nascemos do processo inacabado da criação
Somos as incubadoras do real
Antídoto dos delírios da cadeia
Animal do devaneio cósmico
Assustados com o falso estado de protecção
Todo o fardo é farda
Todo o fardo é farda
Farda desenhada para ser esterilizada
Infértil impensável alma que a habita
Farda do instinto mecânico imperialista
Nos já nascemos com farda e arma
A farda é o corpo a mascara a cara a arma o sexo
Que nela vem agregada
Lambe flore as botas inacabadas de plástico
A carteira do papel mimético
A pátria são as terras férteis que te fizeram semente de flor
Tudo é fardo porque tudo é farda